A polêmica da nova marca da Embratur

O designer francês Benoit Sjöholm acusou a Embratur de violar seus direitos autorais na criação de uma nova marca para promover o turismo do Brasil no exterior. Lançada há duas semanas, a campanha “Brazil Visit and love us” (Brasil, visite e nos ame, em tradução livre) adota uma fonte tipográfica criada pelo artista que não pode ser usada comercialmente sem autorização. Questionado pelo G1 nesta sexta-feira (26), o órgão federal admitiu o erro e afirmou que vai mudar a campanha.
A fonte chamada “Fontastique” está disponível para aquisição em sites especializados, mas só pode ser usada por pessoas físicas. O uso comercial é proibido sem a autorização do criador.
“Estou muito surpreso com essa notícia”, disse ele. “Isto é, de fato, neste caso, uma violação de direitos autorais.”
 A  Embratur admitiu ter adotado uma fonte que não pode ser usada comercialmente e afirmou que vai fazer as alterações na marca, buscando uma fonte gratuita.
A nova marca foi desenvolvida pelos próprios servidores da Embratur. Segundo o órgão, a opção foi para dar “economia e agilidade”.

Secretários pedem que campanha seja retirada do ar

A nova marca foi alvo de protestos do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur), que pediu a retirada da campanha do ar. Em nota divulgada na última terça-feira (23), a associação afirmou que não participou do planejamento da campanha e que a nova marca tem “conotação sexual” e “não representa o turismo do Brasil”.
O Fornatur criticou a frase em inglês e a forma como o nome do país foi escrito. “Brasil com “z” ignora a grafia correta, não é utilizado há décadas e foi abolido justamente para que nossos símbolos fossem respeitados”, disse a associação, em nota.

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